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Como Implementar o PCA: Programa de Conservação Auditiva

por esst | maio 29, 2025 | Medicina do Trabalho, Segurança do Trabalho | 0 Comentários

PCA: Como Implementar o Programa de Conservação Auditiva

Saber como implementar o PCA (Programa de Conservação Auditiva) é essencial para proteger a saúde auditiva dos colaboradores. Seu principal objetivo é adotar medidas técnicas e administrativas que preservem a capacidade auditiva dos trabalhadores, especialmente daqueles expostos a ruídos, vibrações e agentes químicos ototóxicos.

Ao contrário do que muitos imaginam, o PCA não se limita apenas ao controle do ruído. Ele também leva em consideração outros riscos ocupacionais, como vibração acima dos limites de tolerância e a exposição a agentes ototóxicos, que podem causar danos severos à audição.

Se você quer entender, de forma prática, como estruturar um PCA eficaz na sua empresa, continue lendo. A seguir, você confere um passo a passo completo, alinhado às principais normas e diretrizes técnicas.

O Que São Agentes Ototóxicos?

Os agentes ototóxicos são substâncias químicas que, quando absorvidas pelo organismo, podem provocar lesões nas estruturas do ouvido interno, levando à perda auditiva, tontura e zumbidos.

Eles podem atuar de forma isolada ou potencializar os efeitos do ruído, tornando os riscos ainda maiores. Entre os principais agentes ototóxicos estão:

  • Solventes orgânicos: tolueno, xileno, estireno, n-hexano, entre outros.

  • Metais pesados: chumbo, mercúrio e arsênio.

  • Pesticidas e agrotóxicos.

  • Gases asfixiantes: monóxido de carbono, por exemplo.

Por isso, o PCA deve sempre considerar não só o ruído, mas também a presença desses agentes no ambiente de trabalho.

Passo a Passo Para Implementar o PCA na Sua Empresa

1. Defina as Responsabilidades

O primeiro passo é estabelecer claramente os responsáveis pela elaboração, implementação e gestão do PCA. Isso garante que cada etapa seja conduzida corretamente. Os principais envolvidos são:

  • Administrador do PCA: profissional responsável pela gestão do programa. Pode ser um Fonoaudiólogo, Engenheiro de Segurança, Médico do Trabalho, Higienista Ocupacional, Enfermeiro do Trabalho ou Técnico de Segurança, devidamente designado pela empresa.

  • Supervisores e Gerentes: acompanham as práticas no dia a dia.

  • Trabalhadores: participam ativamente, utilizando os EPIs e seguindo as orientações.

  • Setores de apoio: segurança, saúde ocupacional, RH e fornecedores terceirizados.

O administrador do PCA deve ter total domínio das normas, entender os riscos e estar apto a tomar decisões sobre contratação de serviços especializados e escolha de EPIs.

2. Realize Avaliações Quantitativas de Ruído

Nenhum PCA existe sem uma avaliação precisa dos riscos. Por isso, é fundamental realizar uma avaliação quantitativa de ruído, que deve:

  • Representar fielmente a exposição dos trabalhadores.

  • Considerar aspectos ambientais e organizacionais.

  • Seguir rigorosamente os procedimentos da NHO-01 da Fundacentro.

Essa avaliação permite determinar:

  • Dose de exposição diária ao ruído.

  • Nível de exposição sonora em dB(A).

Além disso, os resultados são essenciais para definir as medidas de controle e orientar a escolha dos protetores auditivos.

3. Avaliação Quantitativa de Vibração

Assim como o ruído, a vibração ocupacional pode causar danos significativos à saúde auditiva e ao sistema musculoesquelético. A avaliação da vibração deve ser realizada quando há atividades com:

  • Equipamentos portáteis vibratórios (esmerilhadeiras, marteletes, lixadeiras, etc.).

  • Máquinas de grande porte, como tratores, caminhões e empilhadeiras.

Essa análise segue as diretrizes da NHO 09 e NHO 10 da Fundacentro, que avalia:

  • Vibração de corpo inteiro.

  • Vibração de mãos e braços.

Com os dados obtidos, é possível identificar se a exposição ultrapassa os limites de tolerância e, assim, implementar medidas corretivas, como manutenção de equipamentos, revezamento de atividades ou inclusão de dispositivos antivibração.

O Guia da Fundacentro orienta tratar no PCA grupos de trabalhadores com exposição a vibração ocupacional acima dos limites de tolerância.

4. Selecione Corretamente os Protetores Auditivos

A escolha dos protetores auditivos não pode ser feita de forma aleatória. É um processo técnico, que leva em conta:

  • Normas aplicáveis: NR 6, NR 9 e NR 15.

  • Condições do ambiente: ruído, temperatura, sujidade, necessidade de comunicação, compatibilidade com outros EPIs.

  • Características dos usuários: formato anatômico da orelha, conforto, hábitos e preferências.

  • Especificações técnicas do protetor: formato, material, durabilidade, conforto e principalmente o NRRsf (nível de redução de ruído).

Cálculo do NRRsf Requerido:

Fórmula:

NRRsf Requerido = NE – LE

  • NE = Nível de Exposição [dB(A)]

  • LE = Limite de Exposição [dB(A)] segundo a NR 15

O NRRsf do protetor deve ser igual ou superior ao NRRsf requerido, considerando as metodologias da ANSI S12.6 – Método B.

Cálculo do Nível de Exposição com Proteção (NEp):

Fórmula:

NEp = NE – NRRsf do Protetor

O resultado deve ser:

  • Abaixo do LE (limite de exposição).

  • Preferencialmente acima de 70 dB(A), evitando a superatenuação, que poderia prejudicar a percepção de sons de alerta e sinais de segurança.

5. Implemente e Gerencie o PCA Continuamente

Implantar o PCA é apenas o começo. A gestão precisa ser contínua e eficiente, contemplando:

  • Monitoramento constante das condições ambientais.

  • Reavaliações periódicas dos riscos.

  • Exames audiométricos regulares, conforme o calendário estabelecido no PCMSO.

  • Análise dos resultados audiométricos, identificando tendências, perdas auditivas ou necessidades de intervenção.

  • Treinamentos periódicos, reforçando o uso correto dos EPIs e a importância da conservação auditiva.

  • Registros e documentações atualizadas, garantindo rastreabilidade de todas as ações.

Documentação Essencial no PCA

Manter a documentação organizada é crucial tanto para a gestão quanto para atender às exigências legais. Os principais documentos são:

  • Relatórios das avaliações quantitativas de ruído e vibração;

    • Fichas de escolha e entrega dos protetores auditivos;

    • Laudos dos exames audiométricos;

    • Plano de ações preventivas e corretivas;

    • Registros dos treinamentos e reciclagens realizadas;

    • Relatório com diagnósticos audiológicos, nosológicos e evolutivos dos trabalhadores.

Conclusão

O Programa de Conservação Auditiva vai muito além da entrega de protetores. Ele é uma estratégia robusta, que combina gestão de riscos, controle ambiental, monitoramento da saúde dos trabalhadores e treinamento contínuo.

Empresas que implementam um PCA eficaz não apenas cumprem com a legislação, mas também protegem seus colaboradores, reduzem afastamentos e aumentam a produtividade.

Facilite a gestão do seu PCA com o ESST!

Gerenciar um PCA de forma manual é trabalhoso, gera riscos e pode comprometer a sua conformidade legal. Com o software ESST, você:

  • Gere o PCA automaticamente no Software ESST de forma integrada ao PGR, PCMSO e Audiometrias;

  • Controla a entrega de EPIs e treinamentos;

  • Mantém toda a documentação organizada, acessível e segura;

  • Recebe alertas de vencimento de exames e documentos.

  • Emissão do Relatório de diagnósticos audiológicos, nosológicos e evolutivos dos trabalhadores;

  •  Controle de Periodicidade de Troca de Protetores Auditivos.

Fale agora com um especialista da ESST e veja na prática como podemos transformar a gestão de saúde e segurança da sua empresa!

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